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Boa notícia para os Brasileiros: Preço dos alimentos registram queda

Queda nos preços no atacado pode baratear alimentos em breve

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A inflação no Brasil tem sido um dos principais desafios para os consumidores, mas um novo dado traz esperanças: os preços dos alimentos no atacado registraram queda após dez meses de alta.

Essa redução pode ser um sinal de alívio para o bolso dos brasileiros nos próximos meses, já que a inflação ao produtor muitas vezes antecipa a tendência dos preços nos supermercados.

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que mede a inflação em diferentes estágios da economia, avançou 0,27% em janeiro, um ritmo menor do que os 0,94% registrados em dezembro.

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O destaque, porém, foi a desaceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que subiu apenas 0,24% no mês, uma queda considerável em relação ao avanço de 1,21% registrado no mês anterior. Como o IPA responde por cerca de 60% do IGP-M, sua redução é um indicativo importante para a cadeia de preços.

Alimentos mais baratos no atacado

A maior influência na queda do IPA veio dos produtos agropecuários. Diversos itens básicos da alimentação tiveram redução significativa nos preços ao produtor, o que pode indicar um possível barateamento no varejo em breve. Entre os principais produtos que ficaram mais baratos no atacado estão:

  • Soja em grão: queda de 5,71% em janeiro (ante -2,34% em dezembro);
  • Carne bovina: redução de 2,17% (após alta de 2,50% no mês anterior);
  • Carne suína: forte recuo de 11,24% (contra alta de 1,51% em dezembro);
  • Batata-inglesa: queda de 17,94% (ainda elevada, mas menor que os -39,59% de dezembro);
  • Laranja: redução de 3,37% (após -7,59% no mês anterior).

O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), destacou que essa desaceleração se deve a fatores como melhora na produção agrícola e ajustes no mercado de exportação. Ele acredita que, caso essa tendência persista, o consumidor poderá sentir um alívio no valor das compras nos próximos meses.

O impacto no consumidor

Queda nos preços dos alimentos
Queda nos preços dos alimentos – Foto: Depositphotos

Apesar da queda nos preços do atacado, o impacto imediato no bolso dos brasileiros pode não ser sentido de forma uniforme.

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Isso ocorre porque os supermercados e varejistas podem demorar para repassar a redução de custos aos consumidores. No entanto, a desaceleração do IPA pode indicar um ciclo de estabilização dos preços no varejo ao longo de 2025.

O grupo de Alimentação e Bebidas, que representa uma das maiores despesas das famílias, registrou alta de 1,18% no mês, impactando o índice geral em 0,25 ponto percentual. Isso mostra que, apesar da queda no atacado, os consumidores ainda enfrentam preços elevados.

Governo busca alternativas para conter preços

Diante desse cenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não pretende tomar medidas extremas para controlar os preços dos alimentos, mas que buscará alternativas para incentivar a produção e evitar aumentos abusivos. Em declaração recente, Lula destacou que pretende se reunir com setores produtivos para entender as razões das oscilações nos preços.

“O que nós precisamos fazer é aumentar a produção de tudo aquilo que a gente consome. Para isso, precisamos de mais financiamento e modernização da pequena e média agricultura, que são responsáveis pela maior parte dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros”, afirmou o presidente.

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Ele também mencionou a alta do óleo de soja e da carne como preocupações.

“O preço do óleo de soja caiu para R$ 4 e agora está entre R$ 9 e R$ 10. Qual a explicação para isso? Precisamos entender melhor as razões dessas altas e encontrar soluções sustentáveis”, completou.

O que esperar para os próximos meses?

Especialistas indicam que a tendência para 2025 dependerá de fatores como a safra agrícola, a demanda externa por produtos brasileiros e as políticas econômicas adotadas pelo governo. Se a queda nos preços ao produtor se mantiver, os consumidores poderão sentir o impacto positivo nos supermercados em breve.

Por enquanto, a recomendação para os consumidores é continuar monitorando os preços e buscar alternativas para economizar, como comparar valores entre estabelecimentos e optar por produtos da estação, que costumam ser mais baratos.

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Deivison Lima

Jornalista e Web Designer com mais de 15 anos de experiência, especializado em finanças, entretenimento, filmes e séries. Colaborou em grandes portais, como o TV Foco, produzindo conteúdo de alta relevância e impacto. Entre em contato comigo através do e-mail [email protected]

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