Os Correios fecharam 2024 com um prejuízo recorde de R$ 3,2 bilhões, o maior entre todas as estatais do governo.
O presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos, atribuiu a crise financeira principalmente à taxação das compras internacionais, implementada sob a gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao pagamento de precatórios, dívidas judiciais herdadas de administrações passadas.
Segundo Fabiano, a nova regulamentação para compras internacionais afetou diretamente a receita da estatal, reduzindo o volume de encomendas processadas e impactando as finanças da empresa. Além disso, os precatórios cobrados em 2024 aumentaram significativamente os gastos dos Correios, agravando ainda mais a situação fiscal.Mercado
O que levou ao rombo dos Correios?
De acordo com a estatal, dois fatores principais explicam o déficit bilionário:
- Taxa de importação: A cobrança adicional sobre compras internacionais diminuiu o volume de encomendas, afetando a arrecadação da estatal.
- Precatórios: Dívidas antigas, resultantes de condenações judiciais, precisaram ser pagas, comprometendo o caixa da empresa.
Leia também:Correios com novo concurso em 2025 com vagas para nível médio
Apesar do prejuízo, o governo Lula não cogita privatizar a estatal ou quebrar seu monopólio. Em vez disso, busca alternativas para aumentar as receitas. Uma das estratégias discutidas é a ampliação dos serviços logísticos dos Correios, fortalecendo a atuação da empresa no setor de transportes e distribuição.
O presidente Lula cobrou da estatal um plano de recuperação financeira. Fabiano Silva garantiu que um projeto já está em andamento para tornar os Correios sustentáveis. A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, também defendeu um investimento maior na modernização da estatal para que ela se consolide como uma grande empresa de logística no país.
Enquanto o governo discute soluções, os consumidores já sentem no bolso o impacto das novas taxas sobre compras internacionais. Com um prejuízo bilionário e dificuldades para recuperar sua saúde financeira, a grande questão é: até quando os Correios conseguirão operar sem uma mudança mais drástica em sua gestão?