Carne, café, laranja, azeite e óleo de soja registram altas expressivas e devem permanecer pressionados ao longo de 2025. Apesar da leve desaceleração do IPCA, os preços de itens essenciais continuam impactando o bolso do consumidor.
Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,16%, acumulando 4,56% nos últimos 12 meses. A conta de luz registrou queda significativa, ajudando a conter a inflação, mas os alimentos mantêm uma trajetória de alta.
Principais produtos que encareceram:
- Carne: Acumulou alta de 21,17% em um ano devido à valorização do dólar e ao ciclo pecuário. A recomposição do rebanho será lenta, mantendo os preços elevados.
- Café: Registrou aumento de 50,35% nos últimos 12 meses, impactado por secas e chuvas intensas que afetaram a produção.
- Laranja: Subiu até 59,56% devido às condições climáticas adversas e à redução da colheita.
- Óleo de soja: Teve alta de 24,55%, mas há expectativa de estabilidade por conta da safra recorde.
- Azeite: Acumulou 17,24% de aumento, influenciado por problemas climáticos em países produtores e pela desvalorização do real.
O que esperar para os próximos meses?
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Especialistas apontam que o cenário inflacionário para esses produtos deve persistir. A carne continuará pressionada pela menor oferta no mercado interno, enquanto o café enfrentará um ano de menor produção. No caso da laranja, a recuperação dependerá da produtividade da safra nacional e da influência do mercado externo.
Já o óleo de soja pode ter um alívio, acompanhando a queda no preço da matéria-prima. O azeite, por sua vez, deve permanecer caro, com a safra europeia influenciando os preços globais.
Diante desse cenário, os consumidores devem continuar sentindo o impacto no orçamento, principalmente nos itens de consumo diário.